sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Meu encontro com o Direito

 Olá, pessoal!

 No blogue "Jornada Jurídica", vou contar a minha trajetória no Curso de Direito também. Sendo assim, vou divulgar a entrevista que eu concedi ao blogue "Mundo Jurídico em Construção" por aqui. 

 Em meu blogue, divulgarei uma pergunta por postagem (as perguntas foram feitas pela amiga Fernanda Rocha) e a minha respectiva resposta. Espero que a minha trajetória possa inspirar positivamente alguém. Boa leitura!


    



 1. O curso de Direito sempre foi sua opção de ensino superior ou chegou a pensar em seguir outro curso? 

   Eu cheguei a pensar em outros cursos. Na infância, eu sonhava em ser professora (sonho que carrego até hoje e que trouxe para a área jurídica). Na adolescência, eu pensava em ser cientista e sonhava acordada com laboratórios e jalecos brancos (risos). Por gostar muito de animais, cheguei a pensar em Medicina Veterinária também. 

  Mas, quando entrei no Ensino Médio, comecei a encarar as profissões com mais seriedade e realismo diante dos meus verdadeiros dons e potencialidades. Com mais maturidade, percebi que eu tinha mais vocação para as Ciências Humanas e que eu não tinha jeito algum para as Ciências Biológicas ou Exatas.

 No Ensino Médio, percebi que eu amava matérias como História, Geografia e Português enquanto tinha dificuldades em Química, Matemática e Física. No processo de autoconhecimento vocacional, até as minhas dificuldades me ajudaram a definir o que eu não queria em minha vida e a focar nos meus verdadeiros dons. Decidi que queria uma carreira que não usasse matemática de forma primordial (risos) e que fosse baseada em leitura e escrita. 


    


Notei, intuitivamente, que minha paixão estava na linguística. Sendo assim, uma carreira que vivesse de letras e não de números ou fórmulas seria melhor para mim. Nesse ínterim, desabrochou meu dom como poetisa e escritora. Com 16 anos, no segundo ano do Ensino Médio, eu comecei a escrever minhas primeiras histórias e poesias. Também percebi que, apesar da timidez, eu tinha um lado comunicativo e que sabia dominar bem as palavras. Então, comecei a pensar em profissões que fizessem da língua portuguesa o seu instrumento de trabalho. 

 Pensei bastante em Letras e Jornalismo, porque queria uma profissão que permitisse o desenvolvimento do meu lado escritora e comunicadora. E essas áreas usam bastante a língua portuguesa como instrumento de trabalho. Mas, o meu coração não batia tão forte por Letras e Jornalismo. Dentro de mim, o meu coração buscava uma paixão maior. 

  Confesso que, além de Jornalismo e Letras, tive interesse por Psicologia antes do Direito também, visto que sempre tive um lado psíquico forte e gosto de investigar a mente humana e compreender os mecanismos emocionais das pessoas. Sempre fui um pouco "terapeuta" das pessoas (risos), aquela amiga conselheira e psicóloga. Eu sempre gostei de compreender as "feridas" emocionais das pessoas e inspirar a cura emocional delas. 

 Entretanto, não sentia que a Psicologia era a área certa para mim, porque eu não me identifico com as ideias de Freud e com a metodologia da psicanálise tradicional. Dentro de mim, havia um chamado mais forte que procurava um profissão com um grande impacto na sociedade e que ajudasse toda a sociedade a curar as suas "feridas".

  Em verdade, eu queria ser uma espécie de "psicóloga" da sociedade e trabalhar por mais justiça social ao invés de ser uma psicóloga tradicional. Nesse intervalo de tempo, pesquisei sobre Direito na internet e me apaixonei pelo curso enquanto eu procurava pelas carreiras existentes nas Ciências Humanas. Senti que morava uma advogada em mim e não uma psicóloga. O Direito me chamou, e eu simplesmente atendi a minha paixão vocacional, pois a vocação para o Direito foi um chamado forte e intenso. 


    


    Senti uma grandeza no Direito, uma magnanimidade que me cativou. O Direito representava o "carro-chefe" das Ciências Humanas além de propiciar diferentes possibilidades para mim (advocacia, diplomacia, concursos públicos e etc). Eu sempre quis defender causas, ideais, pessoas e vi essa paixão refletida no Curso de Direito. 

   O Direito abriria portas para a minha vida adulta e traria a possibilidade de unir paixão com prosperidade. Fiquei feliz ao descobrir que o Direito eleva a língua portuguesa como principal instrumento de trabalho e que proporcionaria o desenvolvimento do meu lado escritora também. 

  Como uma jovem romântica e idealista, vi o Direito como uma grande profissão para mudar o mundo e um meio de ajudar a curar as "feridas" da sociedade e defender o justo, o nobre, o belo e o ideal. Mesmo depois de formada, ainda carrego esse romantismo. Eu ainda acredito que o Direito pode mudar o mundo. O "fogo" do meu idealismo não morreu dentro de mim.


      


 Sempre fiquei angustiada ao ver crimes na televisão e conflitos na sociedade. Eu queria, de alguma forma, ajudar a sociedade a cumprir melhor as leis e a ter mais harmonia. Para mim, o mais apaixonante no Direito é a defesa da harmonia social. 

  Então, o meu coração bateu mais forte por Direito e eu escolhi Direito no Vestibular e no PEIES (quem foi adolescente em 2009 na cidade de Santa Maria/RS saberá do que estou falando), mas não passei em Direito Diurno na UFSM (talvez eu passasse na Universidade Federal se eu tivesse escolhido Direito Noturno). Felizmente, além de prestar provas para a UFSM, prestei ENEM e o Vestibular de Verão da FADISMA no último ano do Ensino Médio. 

   Dentre tantas provas, passei na FADISMA e decidi escolher a FADISMA com muita confiança e alegria. Senti que estudaria na FADISMA desde a manhã do Vestibular. Senti boas "energias" na FADISMA. A FADISMA tinha mais tranquilidade e acolhimento do que outras faculdades e era perfeita para mim. 

  Sou mais introspectiva e nunca me senti bem com o "barulho" das grandes universidades. Uma faculdade focada apenas em Direito era ideal para mim (a FADISMA somente oferecia o curso de Direito na minha época). Curiosamente, sempre admirei o prédio da FADISMA. 

 Tenho até hoje o tema da redação da FADISMA na memória: aquecimento global. Tirei excelente nota na redação, pois foi o tema que eu mais estudei durante toda a vida escolar. 


       


   Na minha adolescência, o filme "Uma Verdade Inconveniente" estava na moda e quase todo estudante do Ensino Médio estudava sobre o derretimento de calotas polares e o perigo da extinção de ursos polares. Vi esse filme na escola e fiquei muito interessada em Direito Ambiental. Eu amava colecionar gravuras de ursos polares na adolescência. Senti uma espécie de "predestinação" ao ver o tema da redação do Vestibular da FADISMA. Quando eu vi o tema da redação e a imagem de um urso polar na prova da FADSIMA, eu sabia que tinha escolhido o curso certo. 

  Esse foi o meu encontro com o Direito e com a FADISMA. Segui as inspirações dos anjos na jornada jurídica (risos). Senti uma aura de predestinação no meu encontro com o Direito. 


Tatyana Casarino. Especialista em Direito Constitucional, advogada e poetisa. 


*Confira a minha entrevista completa no blogue "Mundo Jurídico em Construção" de Fernanda Rocha:

Entrevista Completa


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